INTRODUÇÃO

  A Índia é o lar de uma das mais velhas civilizações do mundo. O sânscrito, a sua linguagem literária, é provavelmente a linguagem mais antiga ainda em uso, e os Vedas, que datam do século XII a.C., são considerados como as mais antigas de todas as escrituras. A Índia moderna é um Estado secular em que as religiões continuam a desempenhar um importante papel na vida diária.
  Durante o segundo milénio a.C., os invasores arianos vindos da Ásia Central levaram à Índia as crenças que partilhavam com outros povos indo-europeus. Os pontos principais da sua religião védica eram os sacrifícios e a crença de que o Universo tinha de ser constantemente recriado. É nesse período védico que surge a divisão permanente da sociedade hindu em quatro categorias principais:
brahmins (sacerdotes), Kshatriyas (guerreiros), vaishyas (mercadores) e shudras (trabalhadores).
  No século VI a.C., a insatisfação para com os rituais védicos provocou o aparecimento de seitas conduzidas por filósofos que renunciaram às ilusões do mundo a favor da procura de uma realidade interior e da moksha ( libertação do ciclo de renascimentos) O período Gupta (c. 320-540 d.C.) já foi referido como sendo a Idade Clássica da Índia, altura em que se estabeleceram os actuais estilos de arte, literatura e filosofia hindus.
  Os hindus, quer sigam o budismo, o jainismo ou o hinduísmo, consideram a própria terra da Índia como sagrada. Num país onde existem trezentos e trinta milhões de deuses e deusas, a divindade também pode ser atingida pelos seres humanos. De facto, a prefusão de deuses e de crenças revela o ecletismo e a tolerância hindu. Talvez precisamente por não serem monoteístas e reconhecerem muitos deuses, as religiões indianas não condenam os estranhos como inimigos da fé, e preferem abraçar todos os esforços humanos no sentido do conhecimento e da adoração do divino. Subjacente à filosofia hindu encontra-se a crença de que este mundo está repleto de sofrimentos e ilusões, por detrás dos quais se encontra a realidade sem nome de uma divindade transcendente. A par com o reconhecimento comum da autoridade dos Vedas, esta crença é um elemento fundamental para a união das muitas seitas existentes no mundo hindu.

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