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O ioga é um caminho prático para a auto-realização, um meio para alcançar a iluminação através da purificação de todo o ser, de modo a que a mente possa experimentar a realidade absoluta subjacente às ilusões da vida diária. É uma das mais famosas tradições filosóficas do hinduísmo, e actualmente é praticada por hindus, cristãos, agnósticos e ateístas. O ioga não é propriamente uma religião, mas sim um modo de progresso espiritual, em que a disciplina corporal influencia a consciência e em que a concentração da mente dá ao adepto o domínio sobre a matéria. Diz-se que exercícios relativamente simples dão aos iogues certos "poderes ióguicos", tais como a levitação, o que lhes deu grande fama. Os praticantes mais avançados afirmam possuir poderes extraordinários, tal como a capacidade de desaparecer à sua vontade, mas que geralmente não usam em público. Enquanto o Ioga Raja rejeita o corpo, considerando-o como uma ilusão, o Ioga Hatha usa-o como método de libertação. Os iogues Hatha praticam os "ioga de força" para disciplinar e purificar o corpo de modo a conseguirem construir um novo corpo "subtil" imune ao karma e à doença. Uma vez purificado, o subtil "corpo-mente" atinge o estado estático do samadhi, onde uma meditação intensa leva à sua libertação. O Ioga Kundalini procura a união de Xiva e Shakti no interior do corpo subtil do adepto puxando a "serpente" do poder feminino imanente até ao centro de energia no alto da cabeça, onde se encontra localizada a divindade transcendente.
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